Ser humano é ser único. Somos resultado da nossa biologia, das nossas vivências, das histórias dos nossos antepassados e das nossas escolhas — cada qual influenciando, em maior ou menor grau, os diferentes aspectos da nossa vida. Essa interação complexa forma indivíduos que são definidos e se definem, que têm direcionamentos e sonhos e que experimentam as mais diversas emoções e maneiras de estar no mundo.
Nessa jornada singular, costumamos encontrar obstáculos que despertam dificuldades e sofrimento. Em alguns momentos, superá-los nos fortalece, desenvolvendo recursos e resiliência. Em outros, essas barreiras tornam-se impeditivas para seguir adiante — seja pela falta de ferramentas para enfrentá-las, seja porque o sofrimento se torna paralisante.
Diante da infinita diversidade do ser humano, meu desafio como psiquiatra e psicoterapeuta é buscar continuamente métodos e abordagens que ampliem os recursos necessários para auxiliar meus pacientes e suas famílias, de modo ético, científico e humano.
Minha formação é alicerçada de forma sólida na prática clínica, no ensino e em pesquisas de diferentes epistemologias, de modo que sigo aprimorando meu conhecimento através de trocas dentro da Universidade Federal de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
Comprometo-me, antes de tudo, comigo mesmo a continuar nesse percurso de aprendizado contínuo, em ambientes que promovem o desenvolvimento pessoal e profissional, onde ensino e aprendo em meio à pluralidade de ideias. Meu objetivo é contribuir para uma melhor qualidade de vida das pessoas que fazem parte dessa trajetória — seja diretamente, por meio do cuidado com meus pacientes e da troca com alunos e colegas, seja indiretamente, ao impactar seus familiares, futuros profissionais e aqueles que, de alguma forma, se beneficiarão desse conhecimento.
O psiquiatra é o médico especializado no diagnóstico e tratamento dos transtornos mentais, atuando no alívio do sofrimento psíquico e na promoção da saúde mental. Muitas pessoas buscam um psiquiatra para lidar com sintomas como tristeza excessiva, falta de energia, ansiedade, irritabilidade, angústia, dificuldade de concentração, insônia e problemas nos relacionamentos interpessoais. Esses sinais podem estar associados a diferentes condições e, quando persistentes, podem impactar significativamente a qualidade de vida.
A decisão de procurar um psiquiatra geralmente ocorre quando o sofrimento se torna excessivo ou refratário a tratamentos psicoterápicos e interfere na rotina, prejudicando o trabalho, os estudos, a vida social e os relacionamentos. O acompanhamento adequado permite compreender melhor esses sintomas, identificar suas causas e traçar um plano de tratamento personalizado, possibilitando uma melhora significativa no bem-estar e na funcionalidade do dia a dia.
O processo de consulta psiquiátrica inicia-se com uma fase de avaliação, cujo objetivo é compreender os sintomas, o contexto de vida e a saúde geral do paciente, integrando aspectos biológicos, psicológicos e sociais (avaliação biopsicossocial). Essa avaliação se dá ao longo de uma conversa e, quando necessário, solicitação de exames complementares. A consulta inicial de avaliação costuma ter duração aproximada de 1h30 e pode se estender por mais de um encontro, dependendo da complexidade de cada caso. Durante essa etapa, são analisados fatores que possam influenciar o quadro clínico, permitindo um planejamento terapêutico adequado.
Após a fase inicial, seguem-se as consultas de acompanhamento, que têm duração de 50 minutos. A frequência desses atendimentos varia de acordo com o estágio do tratamento: no início, as consultas podem ser mais próximas justamente para possibilitar uma avaliação completa que direcione o tratamento; após a fase de avaliação, comumente as consultas ocorrem em frequência mensal; em momentos de crise, pode ser necessário intensificar a frequência; e, à medida que o quadro se estabiliza e entra na fase de manutenção as consultas podem ser espaçadas. Esse processo garante que as intervenções sejam sempre adequadas às necessidades do momento, promovendo estabilidade e qualidade de vida ao longo do processo e de forma sustentada após o tratamento.
O atendimento online ocorre no mesmo formato do presencial, tendo a mesma duração e objetivos, buscando garantir a qualidade das intervenções terapêuticas. Para preservar a privacidade e a eficiência do atendimento, é essencial que o paciente organize um ambiente confortável, silencioso, livre de interrupções e onde se sinta à vontade para compartilhar informações, muitas vezes delicadas e sigilosas. Dessa forma, assegura-se um espaço adequado para o acolhimento e a condução do tratamento.
No entanto, a avaliação online pode ter algumas limitações, como na percepção de alterações psíquicas mais sutis e na construção de um ambiente mais favorável ao vínculo terapêutico, elaboração de questões traumáticas, sendo especialmente desafiadora na avaliação de crianças, adolescentes e na condução de tratamentos psicoterápicos. Apesar disso, quando o acompanhamento presencial não é possível, o atendimento online pode ser um recurso valioso para muitos pacientes, permitindo a continuidade do cuidado em grande parte dos casos.
Realizo apenas atendimentos particulares, não atendo diretamente por convênio.
Forneço a nota fiscal e todos os documentos necessários solicitados pelo convênio para a realização do reembolso, respeitando as regras de reembolso de cada plano de saúde.
Não trabalho com a modalidade de “retorno”, pois todas as consultas de seguimento têm a mesma duração aproximada e são estruturadas para contemplar tanto a avaliação psiquiátrica quanto as intervenções terapêuticas necessárias. Diferente de algumas especialidades médicas, onde a consulta pode ser direcionada à checagem de efeitos colaterais ou à análise de exames específicos, a consulta psiquiátrica também é um espaço de intervenções psicoterápicas pontuais, orientações comportamentais e reflexão sobre o processo terapêutico.
Cada consulta é, portanto, um momento essencial para compreender as necessidades do paciente, ajustar estratégias de tratamento e promover avanços no cuidado com a saúde mental. Dessa forma, independente da frequência, cada atendimento é planejado para ser completo e produtivo dentro da proposta terapêutica.
O diagnóstico é uma etapa essencial da prática médica, permitindo compreender a origem dos sintomas e definir um plano terapêutico adequado. Em psiquiatria, no entanto, o processo diagnóstico difere significativamente daquele observado em outras especialidades da medicina. Enquanto um diagnóstico médico tradicional se baseia frequentemente em exames laboratoriais e testes de imagem para identificar uma doença com uma etiologia bem definida (como uma infecção ou uma alteração orgânica), o diagnóstico psiquiátrico opera dentro de um modelo diferente, pautado na descrição e observação de padrões de sintomas e comportamento. Os exames complementares ocupam um papel secundário no diagnóstico psiquiátrico, seja no sentido de afastar causas orgânicas ou de complementar a avaliação subjetiva.
Na medicina geral, uma “doença” é frequentemente associada a uma causa biológica bem estabelecida e a marcadores objetivos, como ocorre em infecções, no diabetes, no câncer e em diversas outras situações. Por outro lado, em psiquiatria, trabalhamos principalmente com “transtornos”, que representam constelações de sintomas e disfunções no funcionamento mental, sem necessariamente uma causa única e bem definida. Embora existam grandes avanços na neurociência que devem ser implementadas na nossa prática clínica, os transtornos psiquiátricos seguem sendo um constructo baseado na observação de regularidades no sofrimento psíquico e em seu impacto na vida do indivíduo.
Mais do que rotular um indivíduo, o diagnóstico psiquiátrico tem como principal função orientar um plano de tratamento. Ele permite que o profissional de saúde mental compreenda o sofrimento do paciente e proponha intervenções que auxiliem tanto no alívio dos sintomas quanto no desenvolvimento de recursos funcionais. Cada caso é único, e o diagnóstico não deve ser encarado como uma sentença fixa, mas como um ponto de partida para uma abordagem terapêutica personalizada.
Em psiquiatria, um mesmo transtorno pode se manifestar de formas distintas em diferentes indivíduos. Dois pacientes diagnosticados com transtorno depressivo maior, por exemplo, podem apresentar sintomas, histórias de vida e respostas ao tratamento muito diversos. Por isso, o psiquiatra deve sempre considerar a subjetividade e a complexidade de cada caso, adaptando as estratégias terapêuticas às necessidades individuais.
Os critérios diagnósticos em psiquiatria estão em constante revisão, refletindo avanços na pesquisa e mudanças nas compreensões teóricas sobre os transtornos mentais. Classificações como as do DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) e da CID (Classificação Internacional de Doenças) são atualizadas periodicamente, o que evidencia a dinamicidade do campo. O que hoje é considerado um transtorno pode, no futuro, ser reformulado ou compreendido de maneira diferente.
Isso reforça a importância da avaliação individualizada. Em vez de aderir rigidamente a categorias diagnósticas, é fundamental que o psiquiatra mantenha uma abordagem flexível, integrando a ciência mais atualizada à compreensão clínica e à escuta do paciente.
Depressão, Transtorno Depressivo Maior, Distimia, Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Transtorno de Ansiedade Social, Transtorno do Pânico, Transtorno de Estresse Pós Traumático (TEPT), Transtorno de Adaptação, Transtornos de Personalidade, Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), TEA no adulto, TDAH no adulto, Transtornos Alimentares, Compulsão Alimentar, Bulimia, Anorexia, irritabilidade, Angústia, Insônia, Transtornos Psicóticos e Esquizofrenia.